Como acreditar nos supermercados (e na Justiça)?

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Passando pela seção de vinhos do Carrefour Bairros, na 312 norte, em Brasília, me chama a atenção o preço do chileno chamado Travessia, um cabernet que se não é nada do outro mundo, também não nos faz passar vergonha.

Na etiqueta amarela da promoção está escrito, bem claro: R$ 25,99. Aproveito, ponho no carrinho.

Depois de passar no caixa, confiro a nota: R$ 30,99.

Tenho o trabalho de ir novamente à gôndola, e me certifico de que não enxerguei mal: R$ 25,99.

Volto ao caixa. A gerente olha a garrafa, vai lá dentro, volta, pega R$ 5 e me dá de troco, sem dizer nada, sem pedir desculpa.

Seu comportamento me sugere que aquilo é rotina, e logo imagino que de cada cinco clientes, talvez apenas dois confiram a nota e peçam a diferença. Então, já são R$ 15 a mais no faturamento da empresa às custas da (não) promoção.

Claro, claro, pode ter havido um erro técnico, uma falha operacional, nenhuma má fé.

Mas em um país em que não se pode confiar no principal tribunal de Justiça, como acreditar no supermercado?

1 comentário em “Como acreditar nos supermercados (e na Justiça)?”

  1. Tínhamos que conferir sempre, aqui nesse país cheio de gente “esperta”. Infelizmente na correria do dia-a-dia e com as filas enormes nos caixas que não queremos impactar, fica difícil. Já aconteceu comigo várias vezes e só percebi em casa quando dou uma olhada na nota fiscal.

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