Sinceramente, não gosto que me chamem de poeta.
Não me sinto ofendido, de modo algum, não é isso.
É que o ofício de escrever poesia não é o unico que desempenho como escritor, e quando me chamam de poeta, me sinto um tanto reduzido.
Não que os autores que escrevem apenas poesia sejam de categoria inferior, de modo algum.
Mas em meu caso, há a prosa, com os contos, crônicas e, agora, um romance, que espero deixe de ser inédito no prazo de um ano.
Aliás, o poeta é um escritor. Dizer que alguém é poeta e escritor a meu ver é redudante. O poeta é uma/um escritora/escritor.
E eu sou um escritor que é contista, cronista e romancista. E, na minoria das vezes, também poeta.
Portanto quando alguém me chama de poeta, fico encafifado se a pessoa já leu algum livro meu, já que a poesia é apenas 20 por cento do que publiquei.
E há um aspecto além.
Penso que poeta é uma palavra que pode sugerir alguém romântico, a viver no mundo dos sonhos, na fantasia, desconectado e com a cabeça nas nuvens.
E eu escrevo justamente porque tenho os pés no chão e o olho na realidade.
É isso. 👏👏👏